21 de maio de 2011


Refletindo sobre o Homossexualismo... Enquanto Ainda posso me expressar

             Não posso deixar de confessar minha tristeza e constrangimento, tanto com a notícia de que o STF aprovou o casamento entre homossexuais como também que o primeiro casamento aconteceu na capital de nosso estado, Goiânia. Resolvi escrever algo sobre o assunto para manifestar minha indignação e porque a “ditadura gay” já tem lutado também até para não deixar nem que outros expressem sua opinião contrária, numa clara incoerência com a própria luta deles pela liberdade. Enquanto ainda somos livres para nos expressar.
             O fato é que a sociedade e suas autoridades têm se deixado levar por uma minoria especialmente barulhenta, e apoiada pelos que se acomodaram no politicamente correto, que tentam fazer com que o homossexualismo seja algo normal e, como no caso de uma novela recente, mostrar que quem discorda de tal postura é desequilibrado ou irracional.
             Não concordamos com o afoito deputado Bolsonaro que, por se deixar levar por sua indignação, se expressa de modo inadequado e acabar por dar munição para a “bancada gay” da câmara dos deputados que tem se aproveitado das manifestações do parlamentar para mostrar que os que discordam do homossexualismo são legalistas e primitivos; soma-se a isso, o fato de que povo brasileiro é especialmente acrítico  e passivo no que se refere ao que a mídia aprova e incentiva.
             Sem querer entrar profundamente no mérito da questão, mas tentando fazer com que pensemos melhor no assunto, vale a pena desafiarmos os defensores do homossexualismo e suas implicações quanto a refletir sobre algumas questões relacionadas ao assunto.
             Em primeiro lugar, precisamos ser sensatos e racionais quanto aquele que tem sido o argumento mais utilizado para defender a prática homossexual: a liberdade ou o direito de escolha. Alega-se que o indivíduo é livre para expressar como quiser a sua sexualidade, ou melhor, é livre para ser o que quiser em termos de prática sexual. A alegação é tão insensata quanto infantil, visto que a natureza com que a pessoa foi feita já mostra quem ela é, e isto pode ser visto tanto física quanto emocionalmente, só não vê quem já tem se deixado levar de tal forma pelas pressuposições homoafetivas que se torna cego para aquilo que não pode ser negado em sã consciência. E ainda quanto à liberdade, basear qualquer comportamento meramente nela é algo facilmente refutável, pois se ser homossexual é uma questão de ter liberdade de ser o que bem quiser, o que impede alguém de querer ser um ladrão, um traficante ou algo semelhante. A propósito, é justamente por defenderem uma liberdade sem limites nessa área que, em alguns países, já existem defensores da legalização da pedofilia (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_pr%C3%B3-pedofilia).
             Em segundo lugar, os defensores do homossexualismo não são honestos ao mostrar como alguém, normalmente, é levado à pratica homossexual. Pois alegam a mera escolha ou alguma inclinação natural, quando a realidade nos mostra que a maioria dos homossexuais vem de lares que experimentaram um desajuste fora do comum e outros tantos foram abusados ainda na infância, o que fez com que a visão deles sobre sua própria sexualidade fosse seriamente distorcida e, naturalmente, a prática. Sem contar os muitos que começam pela mera curiosidade e outros tantos, especialmente famosos, que querem aparecer de alguma forma.
             Mesmo em poucas palavras, espero que tenha dado pra ver que o homossexualismo é um desvio moral dos mais graves e uma séria distorção da própria natureza com que fomos feitos, sem contar que tal prática confunde e prejudica de um modo nunca antes pensado, a família. Ademais, o próprio fato de o movimento tentar criar leis para fazer calar os que se opõem já mostra que a prática carece de argumentos racionais e lógicos que combinem com a realidade.
             Agora, pra completar (ou “pracabar”, como dizem alguns) estão tentando distribuir um tal “kit gay” nas escolas de nosso país, num claro incentivo à homossexualidade e que contém incentivos ao namoro precoce com propostas nunca antes aceita nem nas relações heterossexuais normais, o que deveria nos levar a pensar se o que está por trás de tal movimento não é simplesmente a antiga rebeldia que insiste em fazer justamente aquilo que desagrada a Deus, ainda que o erro pareça tão evidente.
             Que Deus nos ajude e preserve nossa liberdade e nossas famílias também!

Rev. Djaik
Capelão do Instituto Presbiteriano Samuel Graham

19 de maio de 2011

O PODER DA PRESENÇA

O PODER DA PRESENÇA


A proveitosa leitura de “Deus em Questão”, um livro que simula um debate entre o grande psicanalista, Sigmund Freud e o profícuo literato e escritor inglês C.S. Lewis, sobre várias questões, me ajudou a entender uma estranha, mas comum, sensação que todos parecem ter quando estão diante do sofrimento mais intenso de alguém, especialmente no caso do luto: a sensação de que não temos nada para dizer.

Particularmente confesso que, no caso do luto, até os populares “meus pêsames” ou “meus sentimentos” me parecem vagos e inúteis, o que mormente me conduz à resignação e ao silêncio reverente. Mas o livro, especificamente no tópico em que mostra as visões do ateu e do cristão sobre o sofrimento, não só confirmou minha teoria da inutilidade das palavras humanas frente ao luto ou a uma dor mais intensa, mas indicou um caminho simples, mas especialmente relevante em meio ao sofrimento e à dor do outro: a presença.

Relatando sua própria experiência, Lewis diz que em meio à dor mais intensa do luto, ele não gostava de ficar sozinho e até tinha temor da casa vazia; no entanto, também não tinha vontade de falar com ninguém e preferia que ninguém falasse com ele, mas não porque realmente quisesse ficar sozinho, o que não queria era ter que conversar com quem quer que seja; para o criativo autor de Nárnia, seria bom que as pessoas ficassem por perto e até conversassem umas com as outras, pois a simples presença delas já seria suficiente para produzir o efeito necessário.

O psiquiatra Armand M. Nicholi, Jr., autor do livro, constata que é clinicamente comprovado que as pessoas enlutadas gostam de ter pessoas por perto, mas sem ter que efetivamente falar com elas, pois nessas horas o que importa mesmo é a “simples” presença. Como pastor, tenho aprendido a depender ainda mais de Deus em ocasiões assim, e mesmo me sentindo carente de palavras, entendo que foi especialmente para momentos como esses que Deus nos deixou a sua Palavra, que nos supre de palavras que de outra forma não teríamos, justamente porque nos conta a história do Deus que vem ao nosso encontro, que se revela como o Emanuel, o Deus conosco, especialmente quando a dor é mais profunda.

Precisamos ter consciência de que a nossa carência por relacionamentos é tão profunda que, mesmo em momentos em que achamos que palavra alguma poderá nos confortar ou animar, e ainda que pareça a todos e a nós mesmos que o que mais desejamos é ficar sozinhos, a presença de alguém que sabemos que nos ama e que se importa conosco faz toda a diferença e fala mais do que quaisquer palavras poderiam fazê-lo. Aliás, a experiência pessoal de Lewis e a experiência clínica do autor do livro indicam que, mesmo, a presença silenciosa vale mais que mil palavras.

Todos sabemos que os amigos de Jó falharam seriamente em sua visão sobre o motivo dos infortúnios do patriarca e, de fato, foram mais proclamadores de provérbios de vento do que de qualquer outra coisa; no entanto, no início de sua abordagem com Jó, eles acertaram em cheio; segundo o escritor sagrado, quando chegaram para ver aquele que, ficou conhecido como o homem mais paciente de todos e que, em suas próprias palavras, se tornara alvo do todo-poderoso, eles o viram de longe e puderam vislumbrar a intensidade do sofrimento do amigo, outrora cercado de benesses. Constrangidos, simplesmente se assentaram junto com ele em terra por sete dias e sete noites sem dizer palavra alguma, porque perceberam que o sofrimento de Jó era realmente muito grande.

Nesse sentido (e talvez só nesse), os amigos de Jó deveriam ser imitados, pois em situações semelhantes ao invés de nos arriscarmos com nossos conselhos (e, até, com algumas estranhas orações), devemos entender que a nossa simples presença faz muita diferença pois já dirá pra pessoa que sofre aquilo que ela mais precisa ouvir: “você não está sozinho”; “alguém se importa com você”. O mais importante, no entanto, quanto ao poder da presença, normalmente está oculto tanto aos olhos dos enlutados e entristecidos pelas agruras da vida como também aos olhos de quem, ainda que timidamente, deseja ofertar algum consolo: Deus está especialmente presente nas aflições, pois se revela como o Deus de misericórdias e de toda consolação e parece ter escolhido se a-presentar, ordinariamente, por meio de outros seres humanos, ainda que por vezes sem palavra alguma.

A convicção do poder da presença nos fará ver, como o salmista, que “o Senhor está conosco entre os que nos ajudam” (Salmo 101) e, com esta consciência, também nos disporemos a sermos usados por Ele nos fazendo presentes em meio às perdas e às vicissitudes que atingem o próximo.

Rev. Djaik Neves

Capelão do Instituto Presbiteriano Samuel Graham

Mestrando em Divindade pelo Andrew Jumper – SP.

Ecclesia reformata et semper reformanda est

Seguindo o princípio de nossos pais reformadores que, reconhecendo a realidade provisória da igreja em relação ao pecado, entenderam que a igreja precisava de uma reforma "radical" não só naqueles dias mas enquanto existir deste lado da eternidade, é que elaboramos este blog que tem o propósito de ensinar a sã doutrina das Escrituras Sagradas (também chamada de Teologia), pois é à luz da Inerrante e Suficiente Palavra de Deus que a igreja deve ser reformada e estar sempre se reformando, para se conformar à vontade do Dono da Igreja e alcançar a perfeita varonilidade em Cristo Jesus. Soli Deo Gloria