4 de novembro de 2009

SIMPLICIDADE E ALEGRIA

Refletir sobre estas duas realidades logo me fizeram lembrar de duas visitas que um certo pastor diz ter feito num dia só; em uma delas ele se viu numa mansão, uma belíssima casa de um rico empresário que, surpreendentemente, confessou ser profundamente infeliz; no mesmo dia, o pastor esteve numa moradia que em alguns lugares é chamado de “tapera”, em outros “casebre” ou no popular barraco mesmo, onde morava um senhor pobre, que de tão pobre nem tinha copo para servir um cafezinho, e o fez numa latinha de extrato improvisada como xícara; e o mais surpreendente é que, diferente do indivíduo da mansão, se dizia feliz por andar com Jesus e servi-lo.
Parece estranho como nós perdemos de vista aquilo que realmente é importante e nos deixamos levar por aquelas coisas que o mundo diz serem importantes. Especialmente por isso, acabamos ficando distantes desta dupla que, normalmente, não está presente nas casas mais bonitas, não se vê na vida daqueles que se vestem com as roupas mais caras, que dirigem os melhores carros e comem da melhor comida; mas estão naturalmente presentes nas casas chamadas humildes (por serem ruíns mesmo), na vida das pessoas com quem muitas vezes não nos importamos, que vestem com modéstia e comem o tradicional arroz com feijão com satisfação, e em muitos casos falta o feijão.
Simplicidade e alegria é o que eu mesmo tenho encontrado em muitas casas onde vou, quando por vezes não tenho que tocar a campainha, e muito menos um interfone, também quase nunca marco horário, e sei que não preciso fazer cerimônia pois as casas são tão simples quanto a própria pessoa, a mobília é pouco fina, mas sou alegremente recebido por aqueles que, mesmo sendo pobres, são ricos da graça de Deus, e o cafezinho é garantido.
Simplicidade e alegria é o que tenho visto na vida de pessoas que, normalmente, possuem muito menos do que eu, mas sobre quem Deus tem me falado: “fique próximo delas e procure imitá-las e sua vida vai ser muito melhor e mais feliz”.
Faria muito bem se tomássemos a sério o modo como Deus vê este mundo e as pessoas que nele estão. A Bíblia diz que Deus dá sua graça aos humildes e que felizes são os pobres de espírito porque eles verão a Deus. Isto não pode significar outra coisa senão que os símplices estão mais próximos de Deus e explica a alegria que encontramos em suas vidas.
Com isto não estou querendo dizer que todo pobre é humilde e todo rico é soberbo. Só estou apontando para aquilo normalmente acontece e muitas vezes não queremos ver; especialmente porque, conforme a Escritura, «Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que nada são, para reduzir a nada as que são».
Rev. Djaik

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho interessante e triste como nossa cultura as vezes condiciona alegria com riqueza e dinheiro. Achei muito bom o artigo para nos chamar a atenção de que podemos ser simples mas felizes como povo de Deus. Parabéns. Rev. Adailton

Ecclesia reformata et semper reformanda est

Seguindo o princípio de nossos pais reformadores que, reconhecendo a realidade provisória da igreja em relação ao pecado, entenderam que a igreja precisava de uma reforma "radical" não só naqueles dias mas enquanto existir deste lado da eternidade, é que elaboramos este blog que tem o propósito de ensinar a sã doutrina das Escrituras Sagradas (também chamada de Teologia), pois é à luz da Inerrante e Suficiente Palavra de Deus que a igreja deve ser reformada e estar sempre se reformando, para se conformar à vontade do Dono da Igreja e alcançar a perfeita varonilidade em Cristo Jesus. Soli Deo Gloria