31 de maio de 2013

UMA INTRODUÇÃO À PREGAÇÃO E À TEOLOGIA BÍBLICA - PARTE 1

Por Thomas R. Schreiner

Diagnóstico – O Problema com Grande Parte da Pregação de Hoje

Na associação de igrejas à qual eu pertenço – a Southern Baptist Convention [Convenção Batista do Sul] -, a batalha pela inerrância da Escritura pode ter sido ganha. Entretanto, nem nós nem outras denominações ou igrejas evangélicas que ganharam batalhas semelhantes deveríamos nos congratular tão rapidamente. Isso porque muitas igrejas conservadoras podem abraçar a inerrância da Escritura, mas, ainda assim, negar na prática a suficiência da Palavra de Deus. Nós podemos dizer que a Escritura é a palavra inerrante de Deus, mas, ainda assim, falhar em proclamá-la seriamente de nossos púlpitos.
Existe, na verdade, uma fome pela palavra de Deus em muitas igrejas evangélicas hoje. Algumas séries de sermões fazem, em seus títulos, referências a programas de TV tais como Gilligan’s Island, Bonanza e Mary Tyler Moore. A pregação, com frequência, foca em passos para um casamento bem-sucedido ou em como criar filhos em nossa cultura. Sermões sobre questões familiares, obviamente, são adequados e necessários, mas dois problemas frequentemente aparecem. Primeiro, o que as Escrituras de fato ensinam acerca desses assuntos é frequentemente negligenciado. Quantos sermões sobre casamento apresentam com fidelidade e urgência o que Paulo de fato ensina sobre os papeis do homem e da mulher (Ef 5.22-23)? Ou acaso nós estamos constrangidos pelo que as Escrituras ensinam?
Segundo, e talvez mais sério, tais sermões são quase sempre pregados no nível horizontal. Eles se tornam o centro da vida semanal da congregação, e a cosmovisão teológica que permeia a Palavra de Deus e provê o fundamento para toda a vida é simplesmente ignorada. Nossos pastores se tornam moralistas como Dear Abby, dando conselhos sobre como viver uma vida feliz semana após semana.
Muitas congregações não percebem o que está acontecendo porque a vida moral que tal pregação promove está de acordo, ao menos em parte, com a Escritura. Ela vai ao encontro das necessidades sentidas tanto por crentes como por incrédulos.
Pastores também creem que devem preencher seus sermões com histórias e ilustrações, de modo que as anedotas enfatizem o ensino moral apresentado. Todo bom pregador usará ilustrações. Todavia, sermões podem se tornar tão repletos de histórias que acabam desprovidos de qualquer teologia.
Eu tenho ouvido evangélicos afirmarem com certa frequência que as igrejas evangélicas estão indo bem em teologia porque as congregações não estão reclamando daquilo que lhes é ensinado. Tal comentário é completamente assustador. Nós, como pastores, temos a responsabilidade de proclamar “todo o desígnio de Deus” (At 20.27). Nós não podemos pôr a nossa confiança em pesquisas de opinião congregacionais para determinar se nós estamos cumprindo o nosso chamado. Nós devemos pôr a nossa confiança naquilo que as Escrituras exigem. Pode ser que uma congregação jamais tenha sido seriamente ensinada na Palavra de Deus, de modo que os crentes não percebem onde nós estamos falhando como pastores.
Paulo nos alerta que “entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho” (At 20.29). E, em outro lugar, ele afirma que “haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2Tm 4.3-4). Se nós avaliamos nossa pregação pelo que as congregações desejam, nós podemos estar dando espaço para as heresias. Eu não estou dizendo que nossas congregações são heréticas, mas apenas que o teste para a fidelidade é a Palavra de Deus, e não a opinião popular. O chamado dos pastores é para alimentar o rebanho com a Palavra de Deus, não para agradar as pessoas com o que elas desejam ouvir.
Muito frequentemente, nossas congregações são treinadas de modo pobre por aqueles de nós que pregam. Considere o que acontece quando alimentamos uma congregação com uma dieta constante de pregação moralista. Eles podem aprender a ser gentis, perdoadores, amorosos, bons maridos ou esposas (tudo isso é bom, obviamente!). Os seus corações podem ser aquecidos e até edificados. Mas, à medida que o fundamento teológico é negligenciado, o lobo da heresia passa a espreitar cada vez mais de perto. Como? Não que o próprio pastor seja um herege. Ele pode ser completamente ortodoxo e fiel em sua própria teologia. No entanto, ele presume a teologia em toda a sua pregação e, assim, torna-se negligente em pregar ao seu povo o enredo e a teologia da Bíblia. Em uma ou duas gerações, portanto, a congregação pode, desavisadamente e por ignorância, chamar um pastor mais liberal. Esse novo pastor também pregará que as pessoas devem ser boas, gentis e amorosas. Ele também enfatizará a importância de bons casamentos e relacionamentos dinâmicos. As pessoas nos bancos podem nem sequer discernir a diferença, uma vez que a teologia parece exatamente igual à do pastor conservador que o precedeu. E, em um sentido, ela o é, pois o pastor conservador nunca proclamou ou pregou a sua teologia. O pastor conservador cria na inerrância da Escritura, mas não em sua suficiência, pois ele deixou de proclamar tudo o que as Escrituras ensinam à sua congregação.
Nossa ignorância acerca da teologia constantemente se evidencia. Não saem da minha mente duas ocasiões nos últimos dez anos (uma em um grande estádio, por um pregador cujo nome não lembro) em que um pregador convidava as pessoas para virem à frente. O sermão no estádio pretendia ser um sermão evangelístico, mas eu posso honestamente dizer que o evangelho não foi pregado de modo algum. Nada foi dito acerca de Cristo crucificado e ressurreto, ou por que ele foi crucificado e ressurreto. Nada foi dito sobre por que a fé salva, e não as obras. Milhares vieram à frente e foram, sem dúvida, contados como salvos. Mas eu coçava minha cabeça e indagava o que de fato estava acontecendo. Eu orei para que ao menos alguns fossem verdadeiramente convertidos, talvez porque eles já conhecessem o conteúdo do evangelho de ouvi-lo em outras ocasiões. O mesmo aconteceu no culto de uma igreja que eu visitava. O pregador prolongou-se em um inspirado convite para que os ouvintes “viessem à frente” e “fossem salvos”, mas ele não deu qualquer explicação acerca do evangelho!
Tal pregação pode encher nossas igrejas de pessoas não convertidas, as quais são duplamente perigosas: elas foram asseguradas por seus pastores de que são convertidas e de que nunca podem perder a sua salvação, mas ainda estão perdidas. Então, daquele dia em diante, essas mesmas pessoas são exortadas, semana após semana, com o nosso novo evangelho para esses tempos pós-modernos: sejam legais.

Por Thomas R. Schreiner. Extraído do site www.9marks.org. Copyright © 2013 9Marks. Usado com Permissão. Original: Preaching and Biblical Theology 101
Tradução: Vinícius Silva Pimentel – Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Website: www.MinisterioFiel.com.br / www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: Uma introdução à Pregação e à Teologia Bíblica (Thomas R. Schreiner)
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

13 de maio de 2013

PEQUENOS CRISTOS


Por Rev. Djaik Neves

A providência foi mais uma vez decisiva no que se refere ao apelido pelo qual os seguidores de Jesus ficaram conhecidos ao longo da história, até hoje. Digo “apelido” porque os intérpretes bíblicos tem concluído que o título “cristãos”, na verdade, foi algum tipo de piada feita pelos inimigos da fé (talvez judeus), numa provável referência ao fato deles serem seguidores de um messias crucificado.

A verdade é que os primeiros crentes ou discípulos foram reconhecidos como “pequenos cristos”. E ao observarmos o modo como o evangelista João fala de Jesus e da igreja podemos suspeitar o que significa, de fato, ser um “pequeno Cristo” e porque Deus planejou que o seu povo fosse assim chamado.

O evangelho de João é preciso não só no sentido de revelar quem Jesus é, mas também de mostrar quem são, de fato, aqueles que seguem a Jesus de perto. Não é à toa que o evangelho do discípulo amado é o mais rejeitado pelos críticos e adeptos da “busca do Jesus Histórico” que, na verdade não desejam buscar a Jesus coisa nenhuma, o que eles querem é “fabricar” um Jesus à sua própria imagem e semelhança.

Em seu evangelho, João nos diz que “ninguém jamais viu a Deus”, mas que Jesus, o único gerado do Pai, “é quem o revelou” (Jo. 1.18), mostrando assim que, como afirma o autor de hebreus, Jesus é “a expressão exata do ser de Deus” (Hb. 1.3).

Curiosamente, em sua primeira epistola, João diz mais uma vez que “ninguém jamais viu a Deus”, mas agora ele já não fala mais de Jesus. Ele diz que “se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e seu amor é, em nós, aperfeiçoado” (1 Jo. 4.12). Ou seja, nós não podemos ver a Deus, mas por meio do amor que cultivarmos uns com os outros, Deus será visto em nosso meio.

Com tais palavras, o evangelista, na verdade, está simplesmente reproduzindo ou explicando aquilo que Jesus falou com seus discípulos por ocasião da quinta-feira santa, quando lavou os seus pés. Conforme o próprio João, tendo Judas tomado o seu caminho, Jesus se despede de seus discípulos e diz que Deus o estava glorificando e que, para onde ele estava indo, eles não poderiam ir; por isso, eles deveriam amar uns outros assim como foram amados e conclui dizendo que todos os conheceriam como seus discípulos pelo amor que tivessem uns pelos outros (Jo. 13.31-35).

               De fato, como Paulo disse, é como se Deus falasse por nosso intermédio (2 Co. 5.20) e, de acordo com uma definição básica de amor, é como se Deus agisse por nosso intermédio, daí a bênção de vivermos como quem tem a graça e o desafio de ser, neste mundo, um autêntico cristão ou um “pequeno Cristo”, estendendo aos irmãos e ao mundo o mesmo amor com que fomos amados.
                                                                                                                                                                        Soli Deo Glória

 

5 de maio de 2013

A IGREJA DE ANTIOQUIA E MISSÕES

Por John Stott

O que levou a igreja em Antioquia a fazer Missões

Em Atos 13 o horizonte de Lucas se alarga pois o nome de Jesus seria maciçamente testemunhado além da Judéia e Samaria. A partir de Antioquia chegaria aos confins da terra. Os dois diáconos evangelistas prepararam o caminho. Estevão através de seu ensino e martírio, Filipe através de sua evangelização ousada junto aos samaritanos e ao etíope. O mesmo efeito tiveram as duas principais conversões relatadas por Lucas, a de Saulo, que também fora comissionado a ser o apóstolo dos gentios, e a de Cornélio, através do apóstolo Pedro. Evangelistas anônimos também pregaram o evangelho aos “helenistas” em Antioquia. Mas sempre a ação esteve limitada à Palestina e à Síria. Ninguém tinha tido a visão de levar as boas novas às nações além mar, apesar de Chipre ter sido mencionada em Atos 11:19. Agora, finalmente, vai ser dado esse passo significativo.

A população cosmopolita de Antioquia se refletia nos membros de sua igreja e até mesmo em sua liderança, que consistia em cinco profetas e mestres que moravam na cidade. Lucas não explica a diferença entre esses ministérios, nem se todos os cinco exerciam ambos os ministérios ou se os primeiros três eram profetas e os últimos dois mestres. Ele só nos dá os seus nomes. O primeiro era Barnabé, que foi descrito com “um levita, natural de Chipre” (Atos 4:36). O segundo era Simeão que tinha o sobrenome de Níger, que significa Negro, provavelmente um africano e supostamente ninguém menos que Simão Cireneu, que carregou a cruz para Jesus. O terceiro era Lúcio de Cirene e alguns conjecturam que Lucas se referia a si mesmo o que é muito improvável já que ele preserva seu anonimato em todo o livro. Havia também Manaém, em grego chamado o “syntrophos” de Herodes o tetrarca, isto é, de Herodes Antipas, filho de Herodes o Grande. A palavra pode significar que Manaém foi “criado” com ele de forma geral ou mais especificamente que era seu irmão de leite. O quinto líder era Saulo. Estes cinco homens simbolizavam a diversidade étnica e cultural de Antioquia e da própria igreja.

Foi quando eles estavam “servindo ao Senhor, e jejuando” que o Espírito Santo lhes disse: “separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At.13:2). Algumas perguntas precisam ser respondidas.

A quem o Espírito Santo revelou a sua vontade? Quem eram “eles”, as pessoas que estavam jejuando e orando?

Parece-me improvável que devamos restringi-los ao pequeno grupo dos cinco líderes, pois isso implicaria em três deles serem instruídos acerca dos outros dois. É mais provável que se referia aos membros da igreja como um todo já que eles e os líderes são mencionados juntos no versículo 1 de Atos 13. Também em Atos 14:26-27, quando Paulo e Barnabé retornam, prestam conta a toda a igreja por terem sido comissionados por ela. Possivelmente Paulo e Barnabé já possuíam anterior convicção do chamado de Deus e esta verdade foi aqui revelada para toda a igreja.


Qual o conteúdo da revelação do Espírito Santo à Igreja em Antioquia?


Foi algo muito vago e possivelmente nos ensina que devemos nos contentar com as instruções de Deus para o dia de hoje. A instrução do Espírito Santo foi “separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado”, muito semelhante ao chamado de Abrão: “vai para a terra que te mostrarei”. Na verdade em ambos os casos o chamado era claro mas a terra e o país não.

Precisamos observar também que tanto Abrão como Saulo e Barnabé precisariam, para obedecerem a Deus, darem um passo de fé.


Como foi revelado o chamado de Deus?


Não sabemos. O mais provável é que Deus tenha falado à igreja através de um de seus profetas. Mas seu chamado também poderia ter sido interno e não externo, ou seja, através do testemunho do Espírito em seus corações e mentes. Independente de como o receberam, a primeira reação deles foi a de orar e jejuar, em parte, ao que parece, para testar o chamado de Deus e em parte para interceder pelos dois que seriam enviados. Notamos que o jejum não é mencionado isoladamente. Ele é ligado ao culto e à oração, pois raras vezes, ou nunca, o jejum é um fim em si mesmo. O jejum é uma ação negativa em relação a uma função positiva. Então jejuando e orando, ou seja, prontos para a obediência, “impondo sobre eles as mãos os despediram”.

Isto não era uma ordenação ao ministério muito menos uma nomeação para o apostolado já que Paulo insiste que seu apostolado não era da parte de homens, mas sim uma despedida, comissionando-os para o serviço missionário.


Quem comissionou os missionários?


De acordo com Atos 13:4 Barnabé e Saulo foram enviados pelo Espírito Santo que anteriormente havia instruído a igreja no sentido de separá-los para ele. Mas de acordo com o versículo seguinte foi a igreja que, após a imposição de mãos, os despediu. É verdade que o último verbo pode ser entendido como “deixou-os ir”, livrando-os de suas responsabilidades de ensino na igreja, pois às vezes Lucas usa o verbo “adulou” no sentido de soltar. Mas ele também o usa no sentido de dispensar. Portanto creio que seria certo dizer que o Espírito os enviou instruindo a igreja a fazê-lo e que a igreja os enviou, por ter recebido instruções do Espírito. Esse equilíbrio é sadio e evita ambos os extremos. O primeiro é a tendência para o individualismo pelo qual uma pessoa alega direção pessoal e direta do Espírito sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a tendência para o institucionalismo, pelo qual todas as decisões são tomadas pela igreja sem nenhuma referência ao Espírito.


Conclusão


Não há indícios para crermos que Saulo e Barnabé eram voluntários para o trabalho missionário. Eles foram enviados pelo Espírito através da igreja. Portanto cabe a toda igreja local, e em especial aos seus líderes, ser sensível ao Espírito Santo, a fim de descobrir a quem ele está concedendo dons ou chamado.

Chamado missionário não é um ato voluntário, é uma obediência à visão do Senhor.

Assim precisamos evitar o pecado da omissão ao deixarmos de enviar ao campo aqueles irmãos com clara convicção de que foram chamados por Deus, bem como a precipitação de o fazermos com outros que possuem os dons para tal, mas sem confirmação do Espírito à igreja.

O equilíbrio é ouvir o Espírito, obedecê-lo e fazer da igreja local um ponto de partida para os confins da terra.


Sobre o autor: John R. W. Stott pastoreou por vários anos a Igreja de All Souls em Londres. É diretor do London Institute for Contemporary Christianity e autor de diversos livros como “A mensagem do sermão do Monte”, “A mensagem de Efésios” e “Crer é também Pensar”.

3 de maio de 2013

PRECISO DE AJUDA

Por Rev. Djaik Neves

Já há algum tempo “ouvi” Philip Yancey comparar os Alcóolicos Anônimos (AA) com a igreja e também dizer que, por vezes, eles se parecem mais com aquilo que Jesus planejou do que a própria igreja. Agora eu não tenho mais nem uma dúvida de que as conclusões do escritor fazem muito sentido.

Participei, como convidado, de uma reunião dos AA e, como todos os participantes ali presentes, tive a oportunidade de dar meu depoimento sobre o qual falarei mais à frente.

Além de ver adultos, jovens e, até, crianças que foram profundamente afetados pelo álcool e pelas drogas, o que me emocionou e me fez refletir foi a sinceridade dos participantes com respeito à sua situação e a confissão daquilo que colheram como consequência de suas próprias decisões; pareceu bem autêntico também o reconhecimento de que estavam limpos até aquele momento e precisavam de ajuda para continuarem assim.

Digno de nota, igualmente, e ligada à sugestiva sinceridade, está a liberdade que parece prevalecer entre os participantes do grupo. Cada membro fala sem qualquer escrúpulo dos seus problemas, de sua família e, especialmente, do seu vício, demonstrando que, naquele ambiente não precisam mais fingir e podem parar de fugir; com aquelas pessoas podem ser quem realmente são, sem o risco de serem discriminados ou rejeitados.

Sem dúvida, temos aqui uma excelente ilustração do que as Escrituras falam sobre a igreja como uma comunidade em que há confissão sincera de pecados uns aos outros, exortação mútua entre os membros e disposição para aceitar o outro como é, perdoar e ser perdoado.

Que fique claro que não há aqui qualquer sugestão de que o AA substitui a igreja ou é melhor do que ela, mas talvez também nisso esteja havendo mais prudência em tal instituição do que em meio aos filhos da luz, como Jesus lembrou.
Em tempo, meu depoimento (também sincero) para o grupo foi: “Meu nome é Djaik e estou limpo há 23 anos, por causa do sangue de Jesus que me lavou”; além de dizer que a situação deles não era diferente do que a maioria das pessoas vivem, pois mesmo quem não está preso ao álcool, está preso a uma outra coisa qualquer, mas, de igual forma, o Deus que pode libertá-los está disponível a todos quantos, sinceramente, o buscarem por meio de Jesus.                                    Rev. Djaik

Ecclesia reformata et semper reformanda est

Seguindo o princípio de nossos pais reformadores que, reconhecendo a realidade provisória da igreja em relação ao pecado, entenderam que a igreja precisava de uma reforma "radical" não só naqueles dias mas enquanto existir deste lado da eternidade, é que elaboramos este blog que tem o propósito de ensinar a sã doutrina das Escrituras Sagradas (também chamada de Teologia), pois é à luz da Inerrante e Suficiente Palavra de Deus que a igreja deve ser reformada e estar sempre se reformando, para se conformar à vontade do Dono da Igreja e alcançar a perfeita varonilidade em Cristo Jesus. Soli Deo Gloria