Por Rev. Djaik Neves
Já há algum tempo
“ouvi” Philip Yancey comparar os Alcóolicos Anônimos (AA) com a igreja e também
dizer que, por vezes, eles se parecem mais com aquilo que Jesus planejou do que
a própria igreja. Agora eu não tenho mais nem uma dúvida de que as conclusões do
escritor fazem muito sentido.
Participei, como
convidado, de uma reunião dos AA e, como todos os participantes ali presentes,
tive a oportunidade de dar meu depoimento sobre o qual falarei mais à frente.
Além de ver adultos,
jovens e, até, crianças que foram profundamente afetados pelo álcool e pelas
drogas, o que me emocionou e me fez refletir foi a sinceridade dos
participantes com respeito à sua situação e a confissão daquilo que colheram
como consequência de suas próprias decisões; pareceu bem autêntico também o
reconhecimento de que estavam limpos até aquele momento e precisavam de ajuda
para continuarem assim.
Digno de nota,
igualmente, e ligada à sugestiva sinceridade, está a liberdade que parece
prevalecer entre os participantes do grupo. Cada membro fala sem qualquer
escrúpulo dos seus problemas, de sua família e, especialmente, do seu vício,
demonstrando que, naquele ambiente não precisam mais fingir e podem parar de
fugir; com aquelas pessoas podem ser quem realmente são, sem o risco de serem discriminados
ou rejeitados.
Sem dúvida, temos aqui
uma excelente ilustração do que as Escrituras falam sobre a igreja como uma
comunidade em que há confissão sincera de pecados uns aos outros, exortação
mútua entre os membros e disposição para aceitar o outro como é, perdoar e ser
perdoado.
Que fique claro que não
há aqui qualquer sugestão de que o AA substitui a igreja ou é melhor do que
ela, mas talvez também nisso esteja havendo mais prudência em tal instituição
do que em meio aos filhos da luz, como Jesus lembrou.
Em tempo, meu depoimento (também sincero) para o
grupo foi: “Meu nome é Djaik e estou limpo há 23 anos, por causa do sangue de
Jesus que me lavou”; além de dizer que a situação deles não era diferente do
que a maioria das pessoas vivem, pois mesmo quem não está preso ao álcool, está
preso a uma outra coisa qualquer, mas, de igual forma, o Deus que pode
libertá-los está disponível a todos quantos, sinceramente, o buscarem por meio
de Jesus. Rev. Djaik
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