Que existe alguma coisa errada com o
mundo e com a nossa vida, eu penso que ninguém, em sã consciência, tem coragem
de negar. Mas, todos nos acostumamos com o sofrimento em geral e, geralmente,
“administramos” (leia-se “empurramos com a barriga”) aquelas questões mais
próximas de nós que nos fazem sofrer. Em outras palavras, normalmente, não
estamos dispostos a refletir seriamente sobre “o problema do sofrimento”. E
quanto a isso, Augusto Cury foi preciso ao dizer que somos excelentes atores no
que diz respeito à nossa própria existência e mascarar nossas verdadeiras
emoções, enganamos bem; o problema é que não enganamos só aos outros, enganamos
a nós mesmos também e, o pior, nos acostumamos com isso.
Mas a questão maior no que se refere
ao “problema do sofrimento” pode ser resumida nas seguintes duas perguntas
comuns: “por que coisas ruíns acontecem a pessoas boas?”; e “onde está Deus
quando sofremos”?
Sem entrarmos no mérito sobre se, de
fato, existem pessoas “boas” (o que tornaria a pergunta incoerente) ou nos
aventurarmos em questões teológicas e filosóficas sobre “a origem do mal”, e
considerando nossas limitações na compreensão de tantos detalhes que envolvem o
sofrimento em geral, gostaria apenas de informar-lhe a resposta de Deus para o
sofrimento (de qualquer natureza e de qualquer pessoa), conforme a Bíblia nos
diz.
Diferente do que normalmente se diz
ou se sente, o Deus da Bíblia, o Deus cristão é um “Deus sofredor” e a
demonstração deste sofrimento e, mais precisamente, da “compaixão” (em grego:
“sofrer junto”) de Deus em relação ao nosso sofrimento é “a Cruz de Cristo”.
Curiosamente, a ridicularização de
Deus feita por Nietzsche, se encaixa como uma luva no que as Escrituras revelam
sobre Ele e sua relação com nosso sofrimento. Segundo o filósofo da “morte de
Deus”, o Deus cristão é o “Deus sobre a cruz”. Nisto ele tinha razão, pois é
justamente neste aspecto que Deus se
revela como um Deus de amor, um Deus que se importa conosco; um Deus que se
envolveu de uma tal forma com nosso sofrimento que veio, assumiu a nossa carne
limitada e mortal, sofreu e, por fim, entregou-se à morte para que o sofrimento
e a morte perdessem o seu poder sobre aqueles que crerem e se entregarem a Ele.
O Deus da Bíblia, o Deus dos cristãos
é o Deus que se revelou como o “Emanuel” (Deus conosco). Longe de ser um Deus
indiferente e distante no que diz respeito ao nosso sofrimento, o único Deus
vivo e verdadeiro, criador dos céus e da terra e todo-poderoso, é o Deus que se
“esvaziou”, revelando-se como o “Servo sofredor”, Jesus, que deu um rosto pra
Deus e este rosto estava molhado de lágrimas.
Você não precisa sofrer sozinho e para sempre, recorra a Ele. Rev. Djaik

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