10 de outubro de 2012

A RESPOSTA DE DEUS PARA O SOFRIMENTO


            Que existe alguma coisa errada com o mundo e com a nossa vida, eu penso que ninguém, em sã consciência, tem coragem de negar. Mas, todos nos acostumamos com o sofrimento em geral e, geralmente, “administramos” (leia-se “empurramos com a barriga”) aquelas questões mais próximas de nós que nos fazem sofrer. Em outras palavras, normalmente, não estamos dispostos a refletir seriamente sobre “o problema do sofrimento”. E quanto a isso, Augusto Cury foi preciso ao dizer que somos excelentes atores no que diz respeito à nossa própria existência e mascarar nossas verdadeiras emoções, enganamos bem; o problema é que não enganamos só aos outros, enganamos a nós mesmos também e, o pior, nos acostumamos com isso.

            Mas a questão maior no que se refere ao “problema do sofrimento” pode ser resumida nas seguintes duas perguntas comuns: “por que coisas ruíns acontecem a pessoas boas?”; e “onde está Deus quando sofremos”?

            Sem entrarmos no mérito sobre se, de fato, existem pessoas “boas” (o que tornaria a pergunta incoerente) ou nos aventurarmos em questões teológicas e filosóficas sobre “a origem do mal”, e considerando nossas limitações na compreensão de tantos detalhes que envolvem o sofrimento em geral, gostaria apenas de informar-lhe a resposta de Deus para o sofrimento (de qualquer natureza e de qualquer pessoa), conforme a Bíblia nos diz.

            Diferente do que normalmente se diz ou se sente, o Deus da Bíblia, o Deus cristão é um “Deus sofredor” e a demonstração deste sofrimento e, mais precisamente, da “compaixão” (em grego: “sofrer junto”) de Deus em relação ao nosso sofrimento é “a Cruz de Cristo”.

            Curiosamente, a ridicularização de Deus feita por Nietzsche, se encaixa como uma luva no que as Escrituras revelam sobre Ele e sua relação com nosso sofrimento. Segundo o filósofo da “morte de Deus”, o Deus cristão é o “Deus sobre a cruz”. Nisto ele tinha razão, pois é justamente neste aspecto  que Deus se revela como um Deus de amor, um Deus que se importa conosco; um Deus que se envolveu de uma tal forma com nosso sofrimento que veio, assumiu a nossa carne limitada e mortal, sofreu e, por fim, entregou-se à morte para que o sofrimento e a morte perdessem o seu poder sobre aqueles que crerem e se entregarem a Ele.

 Esse é Deus pra mim! Ele deixou de lado sua imunidade à dor. Ele entrou em nosso mundo de carne e osso, lágrimas e morte. Ele sofreu por nós. Nossos sofrimentos se tornam mais suportáveis à luz do sofrimento dele.
                                                                   John Stott, escritor inglês

            O Deus da Bíblia, o Deus dos cristãos é o Deus que se revelou como o “Emanuel” (Deus conosco). Longe de ser um Deus indiferente e distante no que diz respeito ao nosso sofrimento, o único Deus vivo e verdadeiro, criador dos céus e da terra e todo-poderoso, é o Deus que se “esvaziou”, revelando-se como o “Servo sofredor”, Jesus, que deu um rosto pra Deus e este rosto estava molhado de lágrimas.

            Você não precisa sofrer sozinho e para sempre, recorra a  Ele.                                                                             Rev. Djaik
                                                                                                                                      




 

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Ecclesia reformata et semper reformanda est

Seguindo o princípio de nossos pais reformadores que, reconhecendo a realidade provisória da igreja em relação ao pecado, entenderam que a igreja precisava de uma reforma "radical" não só naqueles dias mas enquanto existir deste lado da eternidade, é que elaboramos este blog que tem o propósito de ensinar a sã doutrina das Escrituras Sagradas (também chamada de Teologia), pois é à luz da Inerrante e Suficiente Palavra de Deus que a igreja deve ser reformada e estar sempre se reformando, para se conformar à vontade do Dono da Igreja e alcançar a perfeita varonilidade em Cristo Jesus. Soli Deo Gloria